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Ataque hacker ao STJ não é sinal de ameaça à segurança das urnas

Diferentemente de sistemas internos, como o do STJ, os equipamentos de votação são máquinas isoladas, sem qualquer conexão com a internet

Publicado em 13/11/2020 às 14:15, atualizado em 17/09/2022 às 15:30

Ataque hacker ao STJ não é sinal de ameaça à segurança das urnas

É enganoso o tuíte insinuando que o ataque hacker sofrido no começo de novembro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pelo Ministério da Saúde e por outros órgãos públicos seja uma ameaça à segurança das urnas eletrônicas ou ao sistema eleitoral do Brasil. Diferentemente desses sistemas internos, os equipamentos de votação são máquinas isoladas, sem qualquer conexão com a internet.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as urnas eletrônicas não têm nem o hardware necessário para fazer uma conexão a uma rede com ou sem fio — o que inviabiliza um ataque virtual externo.

Para a contagem dos votos, um arquivo é retirado da máquina após o encerramento do período de votação e da impressão do boletim com o resultado daquela urna. Este arquivo é, então, enviado a um pólo de transmissão, que enviará os dados para que o TSE faça a totalização no seu sistema. Este, por sua vez, é conectado à internet.

Como aponta o tuíte verificado, com ironia, as urnas eletrônicas não poderiam ser invadidas como foram os sites do STJ por um motivo simples: elas não estão conectadas a uma rede. Segundo o TSE, elas são dispositivos isolados. O que significa que, para invadir uma urna, uma pessoa teria de ter acesso a ela fisicamente – e efetuar a má conduta uma a uma.

“A urna funciona independentemente da internet. Todas as urnas são zeradas antes do início das votações, com a impressão da zerésima (relatório da urna), que comprova que nenhum voto foi digitado até aquele momento. A partir daí, todo voto dado é registrado”, explica o TSE.

 

Como as urnas não têm conexão com a internet, para a contagem dos votos, um arquivo é retirado da máquina após o encerramento do período de votação e enviado a um polo de transmissão, que transmite os dados para que os tribunais regionais eleitorais (TREs) façam a totalização.

 

Esses dados só conseguem ser lidos nos equipamentos da Justiça Eleitoral que possuem as chaves para as diversas camadas de segurança, integrantes do sistema eletrônico de votação. Após verificação na zona eleitoral, a autenticidade dos votos da urna eletrônica é checada mais uma vez no TSE, antes de serem incluídos na totalização.

“Quando a zona eleitoral fecha, uma mídia de resultado gera o Boletim de Urna, com cinco cópias: uma fica afixada no local de votação, três seguem para o cartório eleitoral e a última é entregue aos representantes dos partidos políticos ali presentes. Tal procedimento se dá em todas as seções eleitorais”, explica o TSE. “Após a impressão, é retirada a mídia de resultado, para envio a um polo de transmissão. É a partir desse instante que se dão o envio e a totalização dos votos.”

Nas eleições municipais de 2020, os votos serão totalizados no TSE e, não mais nos TREs. Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, essa centralização possibilita ainda mais segurança no processamento dos votos, que ocorrerá na sala-cofre do TSE, que possui todos os certificados internacionais de segurança física e de garantia de fornecimento de energia.

 

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