COMPARTILHAR
Código-fonte já foi inspecionado pelas Forças Armadas, ao contrário do que diz mensagem do WhatsApp
Afirmação de que houve fraude nas eleições presidenciais também não é verdadeira
Publicado em 01/12/2022 às 19:05, atualizado em 14/12/2023 às 17:54
Uma mensagem que circulou no aplicativo WhatsApp confundiu eleitoras e eleitores ao afirmar que as Forças Armadas ameaçaram não aceitar o resultado das Eleições Gerais de 2022 caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não entregasse o código-fonte das urnas eletrônicas. Ainda de acordo com o texto, a Corte Eleitoral ainda não teria "acatado" a solicitação das FFAA para, supostamente, "acabar com as dúvidas da quantidade de fraudes" no pleito presidencial.
Fato ou Boato?
Ao contrário do que afirma a peça desinformativa, o código-fonte que dá os comandos para o sistema eletrônico de votação foi aberto um ano antes das eleições para inspeção de todas as entidades legitimadas a fiscalizar o processo eleitoral. O tempo de análise foi ampliado de seis para 12 meses e teve início com a abertura do Ciclo de Transparência Democrática, em solenidade realizada no dia 4 de outubro de 2021.
Assim como a Polícia Federal, o Ministério Público, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Campinas (Unicamp), as Forças Armadas também tiveram a oportunidade de examinar as linhas de programação.
Representantes das FFAA já inspecionaram linhas de programação
No dia 1º de agosto de 2022, o TSE recebeu um pedido de inspeção feito pela entidade, que foi prontamente atendido. A Corte recebeu representantes das FFAA em duas ocasiões: a primeira foi no dia 3 de agosto, quando técnicos da instituição assistiram a palestras sobre a votação eletrônica e iniciaram a inspeção. Na semana do dia 12 de agosto, pessoas indicadas pela entidade voltaram ao TSE para analisar o código-fonte e obter mais informações sobre a composição física e o funcionamento da urna.
Forças Armadas não requisitaram entrega do código-fonte
No dia 9 de novembro, o Ministério da Defesa encaminhou ao TSE um relatório técnico produzido pelas Forças Armadas. O documento não aponta provas, nem indício de que houve fraude nas eleições. Em nota, o presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes agradeceu o relatório final encaminhado pela entidade e informou que as sugestões para aperfeiçoamento do sistema eleitoral serão analisadas oportunamente. Em nenhum momento, portanto, a entrega do código-fonte foi requisitada ao Tribunal Superior Eleitoral.
Acesse as checagens e esclarecimentos abaixo
-
Código-fonte já foi inspecionado pelas Forças Armadas, ao contrário do que diz mensagem do WhatsApp
-
Forças Armadas já inspecionaram código-fonte das urnas, diferentemente do que diz texto no WhatsApp