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É falso que urna eletrônica não permite recontagem de votos

Vídeo muito compartilhado na internet dava informações erradas sobre sistema eletrônico de votação

Publicado em 20/11/2020 às 17:45, atualizado em 18/09/2022 às 11:29

Ao contrário do que dizem na internet, a tecnologia não é inimiga da transparência. Um vídeo publicado na internet defende a impressão do voto como forma segura de recontagem e de verificação do resultado do pleito. Mas será que essa informação tem algum embasamento?

A ideia pode até parecer consistente, mas, na prática, não é tão simples assim. Com as cédulas dos números digitados pelo eleitorado, seria muito mais fácil quebrar o sigilo do voto, uma vez que bastaria apenas combinar uma sequência específica para saber em quem cada eleitora ou eleitor votou. 

No cenário do voto impresso, os papéis seriam depositados em uma urna lacrada, sem qualquer contato com o eleitor. Mas, em caso de necessidade, os votos precisariam ser manipulados por outras pessoas para fazer eventual recontagem, abrindo espaço para fraudes.

Boletim de Urna: auditoria e transparência 

O que poucos sabem é que a urna eletrônica já possibilita a auditoria da totalização. Ao término da votação, o equipamento imprime o Boletim de Urna (BU), um relatório detalhado com todos os votos digitados no aparelho. Esse documento é afixado na porta da seção eleitoral para conferência dos eleitores, que podem compará-lo com o BU apurado de forma eletrônica e divulgado no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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