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O sistema de totalização, responsável por somar os votos de todo o eleitorado do país, costuma ser o alvo preferido dos criadores de notícias falsas. Agora, a nova tese inventada é de que haveria um suposto algoritmo capaz de ditar o padrão de funcionamento do processo.

Segundo a notícia falsa, veiculada em um vídeo, um político que já ocupou a Presidência da República subia um ponto percentual à medida que o candidato adversário caía - uma análise que comprovaria a existência de um cálculo matemático apto a prever o resultado das eleições. O autor do vídeo duvidoso afirma ainda que, no final da totalização, houve uma espécie de travamento no recebimento dos votos provenientes da região Nordeste.

Fato ou Boato?

Como você deve imaginar, o material é apenas uma suposição defendida pelo homem que aparece no vídeo. As alegações reproduzidas por ele não têm qualquer embasamento científico, nem condizem com o que realmente ocorreu no dia do primeiro turno das Eleições Gerais de 2022.

Para entender como funciona o processo de totalização (soma dos votos), é importante saber que os Boletins de Urna (BUs) de todas as urnas do país são processados na medida em que os dados chegam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ou seja, não há uma ordem pré-definida de quais localidades ou regiões terão os votos totalizados em primeiro ou em último lugar. Da mesma forma, não existe nenhum algoritmo programado para ditar a porcentagem atingida por cada candidatura ao longo do processo de soma dos votos.

Também é mentirosa a alegação de que ocorreu uma interrupção durante o recebimento dos votos dos estados nordestinos. O sistema funcionou perfeitamente e não apresentou nenhum problema técnico no decorrer da totalização.

BU traz o resultado impresso da votação

Vale esclarecer que o resultado da eleição é inicialmente apurado em cada urna eletrônica envolvida no pleito. Ao final da votação, o aparelho emite um relatório impresso com o total de votos recebidos por cada candidata ou candidato naquela seção eleitoral. Além de ficar afixado na porta da seção, o documento também pode ser consultado pela internet por meio da página Resultados, desenvolvida pelo TSE.