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IBGE não utiliza celular com urna eletrônica para roubar biometria e dados de eleitores

Nenhum aplicativo substitui a urna física nem pode ser usado para colher impressão digital do eleitorado

Publicado em 08/09/2022 às 18:20, atualizado em 27/09/2022 às 20:04

IBGE não utiliza celular com urna eletrônica para roubar biometria e dados de eleitores

Uma mensagem completamente falsa sobre um suposto uso de celular com urna eletrônica pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) movimentou a internet nos últimos dias. O conteúdo em texto e áudio afirmava que os profissionais a serviço do órgão estariam realizando uma pesquisa eleitoral para saber o voto da pessoa entrevistada.

Segundo a postagem, os responsáveis pela coleta de dados da população aproveitariam a oportunidade para roubar a biometria de eleitoras e eleitores durante a realização do censo demográfico de 2022.

A publicação também dizia que os recenseadores sugeririam ao entrevistado que clicassem em uma urna eletrônica disponibilizada na tela de um celular para que, por meio desse processo, fosse colhida a impressão digital de eleitores que votavam em determinado candidato à Presidência da República.

Por fim, a lógica da cópia da biometria pelo smartphone seria transferir essa informação para a urna física e, desse modo, permitir que um eleitor votasse no lugar de outro no dia da eleição.

Fato ou Boato?

A notícia é completamente falsa. Primeiro porque, no censo demográfico, não são feitas perguntas sobre a intenção de voto das pessoas entrevistadas. O objetivo do estudo é reunir informações de quantos são e como vivem os brasileiros. A pesquisa, portanto, não leva em consideração a preferência política de quem participa do levantamento.

Confira ao esclarecimento em vídeo produzido pela TV TSE.

Depois, é importante destacar que nenhum aplicativo de celular é capaz de substituir a urna eletrônica física, que é o único equipamento usado para registrar o voto do eleitorado. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) não utilizam impressões digitais coletadas por meio de smartphones.

A única forma de identificação biométrica válida é aquela coletada presencialmente pela Justiça Eleitoral antes da pandemia de covid-19 ou por órgãos públicos parceiros, como o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Institutos de Identificação, por exemplo.

Além disso, não há a possibilidade de uma “cópia” da impressão digital pelo celular interferir na votação. Isso porque, no dia da eleição, é necessário que a eleitora ou o eleitor posicione o dedo no terminal do mesário, que contém o leitor biométrico.

Tudo é acompanhado de perto pela equipe de mesários, que passam por treinamento para detectar qualquer problema que ocorra na seção eleitoral durante as Eleições Gerais de 2022, de forma a evitar que uma pessoa se passe por outra na hora de votar.

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