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Eleição de 2018 não foi fraudada; TSE não anulou 7,2 milhões de votos

Postagem indica que o montante de votos que teriam sido anulados seria suficiente para eleger o presidente Jair Bolsonaro na primeira etapa da disputa

Publicado em 28/07/2021 às 17:20, atualizado em 17/09/2022 às 12:32

Eleição de 2018 não foi fraudada; TSE não anulou 7,2 milhões de votos

Circula pelas redes sociais que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria anulado 7,2 milhões de votos nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. O texto indica que o órgão precisaria esclarecer o motivo desses votos terem sido anulados, uma vez que o montante seria suficiente para eleger o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na primeira etapa da disputa.

A informação é falsa. O texto distorce informações para insinuar, incorretamente, que o presidente Jair Bolsonaro teria vencido no primeiro turno das eleições de 2018. O TSE define que o voto é nulo quando o eleitor preenche na urna eletrônica um número que não pertence a nenhum candidato. Trata-se de uma opção implementada no equipamento para permitir um tipo de escolha que existia na votação impressa.

Um eleitor pode digitar uma combinação que não existe como forma de protesto, uma vez que não apoia nenhum dos políticos que participam da disputa. Nesse caso, a urna eletrônica avisa sobre a inexistência do candidato com aquele número e dá a oportunidade para que a pessoa corrija os dados e digite novamente. O equipamento só vai identificar um voto como nulo se for confirmada a combinação errada.

Assim como os outros tipos de votos, os nulos são somados e divulgados no final da votação. No primeiro turno das eleições de 2018, o total de votos anulados foi de 7,2 milhões, o que corresponde a 6,14% do total. Embora o número indicado no texto esteja correto, é falsa a conclusão de que 7,2 milhões de eleitores tentaram votar no Bolsonaro e não conseguiram.

Também vale pontuar que votos nulos sempre são registrados nas eleições. No segundo turno das eleições de 2014, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) foi eleita, por exemplo, 5,2 milhões de eleitores decidiram anular o voto. Antes disso, no segundo turno de 2010, 4,6 milhões de brasileiros anularam. Os resultados dessa e de outras eleições estão disponíveis no site do TSE.

 

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