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Eleições 2022: Estados Unidos não provaram vitória de candidato derrotado nas urnas
Agência Lupa recebeu nota da Embaixada dos EUA, que reafirmou confiança nas instituições brasileiras
Publicado em 28/06/2023 às 15:50, atualizado em 28/06/2023 às 15:52
Conteúdo analisado:
Circulou no aplicativo WhatsApp uma mensagem afirmando que os Estados Unidos teriam atestado que houve fraude nas Eleições Gerais de2022. Segundo o conteúdo duvidoso, o país teria confirmado “com provas técnicas e científicas” a vitória do candidato derrotado à Presidência da República.
Por que é boato?
O tom alarmista e o pedido de compartilhamento já evidenciam que se trata de uma mensagem falsa. Além de conter todas as características comuns de uma fake news, o texto não apresenta nenhuma prova de que a suposta descoberta tenha realmente ocorrido.
Muito pelo contrário: em nota enviada à Agência Lupa, especializada em checagens de fatos, a Embaixada dos Estados Unidos desmentiu a publicação e reafirmou o respeito às instituições democráticas brasileiras.
Candidato recebeu menos votos que adversário
O candidato perdeu as eleições porque recebeu menos votos do que o adversário, e não devido à ocorrência de fraudes. Em uma eleição majoritária, como a de presidente da República, por exemplo, ganha a candidatura que obtiver a maioria dos votos do eleitorado.
Camadas de segurança e código-fonte
O voto eletrônico possui diversas camadas físicas e digitais de proteção e passa por auditoria antes, durante e após o pleito. Além disso, o código-fonte – que contém os comandos para que os softwares funcionem – ficou aberto durante um ano para inspeção de entidades fiscalizadoras na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade de Campinhas (Unicamp) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também analisaram as linhas de programação e confirmaram a segurança das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais.
Eleições foram acompanhadas por outros países
As Eleições 2022 foram acompanhadas por representantes de Missões de Observação Eleitoral (MOEs) do Brasil e de outros países, que também foram unânimes ao confirmar a lisura do processo eleitoral brasileiro. As delegações produziram relatórios sobre os dois turnos da votação e atestaram a confiança do pleito realizado em outubro do ano passado.
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