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Eleitor falecido em 2010 não teve voto computado nas Eleições Gerais de 2022

TRE de São Paulo desmentiu vídeo gravado por mulher que se baseou em resultado de site falso para disseminar desinformação

Publicado em 14/12/2022 às 20:30, atualizado em 24/04/2023 às 14:42

Eleitor falecido em 2010 não teve voto computado nas Eleições Gerais de 2022

Conteúdo analisado:

Um vídeo vem sendo compartilhado nas redes sociais, no qual uma mulher afirma que seu marido falecido em 2010 teve voto computado nas eleições de 2022. Ela mostra a certidão de óbito dele e o site Veja Seu Voto, que revelaria em quem seu marido teria votado nas últimas eleições, bastando digitar o CPF dele.

Por que é boato?

Em consulta ao cadastro nacional de eleitores, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) verificou que o título eleitoral do falecido foi cancelado pela Justiça Eleitoral no mesmo ano de seu óbito, 2010. Mensalmente, os cartórios de registro civil informam aos cartórios eleitorais o número de óbitos ocorridos no mês anterior. A partir dessa comunicação, o título eleitoral da pessoa falecida é cancelado. Portanto, não é possível alguém votar usando os dados de um falecido.

Além disso, o voto digitado na urna eletrônica é sigiloso e inviolável, conforme prevê a Constituição Federal. Dessa forma, conforme já explicado em esclarecimento anterior feito pela Justiça Eleitoral, não é possível conhecer o voto de cada eleitora ou eleitor.

O site Veja Seu Voto não é oficial, não utiliza nenhum tipo de informação da Justiça Eleitoral. Seu sistema de busca retorna informações com qualquer número que se insira, mesmo não sendo de CPF válido. Portanto, os supostos votos que o site divulga são falsos, inventados, inexistentes. Essa informação também já foi desmentida pela página Fato ou Boato e agências especializadas em checagem de boatos que circulam na internet.

Cuidado com golpes

A Justiça Eleitoral alerta para que as pessoas tenham cuidado ao digitar seus dados pessoais, como CPF, título de eleitor ou qualquer outra informação nesse ou em qualquer outro site, pois pode haver risco de uso indevido dos dados dos eleitores. Passados mais de um mês das eleições, ainda há pessoas que insistem que houve fraude no pleito.

Isso acontece mesmo quando todas as informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – verificadas, inclusive, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e diversas Missões de Observação Eleitorais (MOEs) nacionais e internacionais – mostram taxativamente que todo o processo de apuração e totalização dos resultados ocorreu de maneira segura e transparente.

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