COMPARTILHAR
Instabilidade em aplicativo da Câmara é descontextualizada para questionar integridade das eleições
Urnas eletrônicas não estão conectadas à internet, nem dependem desse tipo de ligação para funcionar. Entenda
Publicado em 08/09/2021 às 13:55, atualizado em 18/09/2022 às 15:56
Durante a discussão da Proposta de Emenda à Constituição nº 135/2019, que pretendia tornar obrigatória a impressão dos votos, uma instabilidade no sistema de coleta de votos da Câmara dos Deputados foi utilizada para atacar o sistema eletrônico de votação adotado pela Justiça Eleitoral.
Segundo a checagem feita pela agência Estadão Verifica, parlamentares a favor e contra a proposição disseram que não conseguiram registrar o voto no Infoleg, aplicativo de votação a distância usado pela Câmara.
Esse acontecimento repercutiu nas redes e deu origem a uma comparação enganosa usada para lançar dúvida sobre a segurança das urnas eletrônicas.
Urnas eletrônicas não são conectadas à internet
Além de distorcer informações de uma matéria jornalística, a peça de desinformação, publicada no Facebook, dá a entender que as urnas eletrônicas estariam suscetíveis a fraudes.
A verdade é que não é possível realizar um comparativo entre os dois sistemas. Enquanto o aplicativo usado pela Câmara para colher o voto de deputadas e deputados está sujeito a instabilidades devido ao uso da internet, as urnas eletrônicas operam de forma totalmente off-line.
O aparelho adotado pela Justiça Eleitoral depende apenas da alimentação fornecida por bateria ou rede elétrica, fator responsável pela estabilidade durante o uso e pela segurança dos dados nele armazenados durante as eleições.
Acesse as checagens e esclarecimentos abaixo