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Não é verdade que a urna eletrônica não pode ser auditada

Agências de checagem desmentiram boato que circulou na web logo após o primeiro turno das Eleições Municipais de 2020

Publicado em 14/09/2020 às 15:45, atualizado em 17/09/2022 às 14:32

Não é verdade que a urna eletrônica não pode ser auditada

Logo após o primeiro turno das Eleições Municipais de 2020, um vídeo bastante compartilhado no Facebook apresentou informações errôneas sobre o voto eletrônico. Na gravação, um homem afirmava que as urnas eletrônicas não poderiam passar por auditoria, nem permitiam a recontagem dos votos.

A alegação foi desmentida por diversas agências de checagem, que explicaram detalhadamente como ocorrem os procedimentos de verificação da integridade e da autenticidade dos sistemas eleitorais.

O fato é que o sistema eletrônico de votação possui uma série de mecanismos que permitem a realização de auditorias, como o Registro Digital do Voto (RDV), o log da urna e diversas fases de fiscalização que ocorrem antes, durante e depois da eleição. Todos os procedimentos são divulgados publicamente e estão previstos na Resolução TSE nº 23.603/2019.

TPS

No ano anterior ao da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convida especialistas de fora da Justiça Eleitoral para tentar quebrar as barreiras do voto eletrônico no Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação. As pessoas inscritas têm acesso ao código-fonte e a outras informações privilegiadas para buscar possíveis falhas na urna eletrônica e em equipamentos a ela ligados. As sugestões dos investigadores são acolhidas pela equipe técnica do Tribunal, que as utiliza para aprimorar o sistema eleitoral.

Saiba mais sobre o TPS.

Teste de Integridade

O Teste de Integridade consiste em um sorteio de urnas eletrônicas localizadas em todo o país que passarão por uma votação simulada para atestar se os votos digitados pelo eleitorado coincidem com o resultado produzido pelo aparelho. A auditoria – que conta com a participação de entidades como partidos políticos, Polícia Federal e Ministério Público – acontece na sede dos Tribunais Regionais Eleitorais, é filmada e, em muitos casos, é transmitida ao vivo pelos canais dos Tribunais Regionais Eleitorais no YouTube.

Saiba mais sobre o Teste de Integridade.

Teste de Autenticidade

O Teste de Autenticidade dos Sistemas Eleitorais acontece um pouco antes da emissão da zerésima (documento que comprova que a urna está zerada, ou seja, que não possui nenhum voto depositado nela) e do início da votação oficial.

Nesse teste, as urnas sorteadas emitem um relatório que serve para validar a assinatura digital e conferir se os equipamentos possuem o sistema lacrado pelo TSE.

Urna permite recontagem dos votos pelo RDV

O Registro Digital do Voto (RDV) é um arquivo que armazena todas as informações brutas que são digitadas no teclado. Isso significa que todos os votos, na forma numérica que são digitados no teclado, são guardados em uma tabela. Para que não se identifique a sequência da votação e seja violado o sigilo do voto, esse arquivo possui um embaralhador que grava as informações de forma aleatória.

O RDV é mais um mecanismo que oferece segurança ao sistema eletrônico de votação. Com o Registro Digital, é possível recontar os votos de forma automatizada, sem comprometer a credibilidade do processo eletrônico de votação. Além de ser assinado digitalmente, o RDV também é criptografado, isto é, gravado com código indecifrável.

Saiba mais sobre o RDV.

Acesse as checagens e esclarecimentos abaixo