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Não é verdade que seções eleitorais mudaram por falta de manutenção nas urnas
Atraso na obtenção das novas urnas já era previsto desde 2019, o que resultou na redução no número total de equipamentos e no agrupamento de seções
Publicado em 28/10/2020 às 15:35, atualizado em 17/09/2022 às 15:06
A alegação de que a pandemia afetou a manutenção de urnas eletrônicas que, por isso, as seções eleitorais foram agrupadas para o pleito de 2020 é falsa. O que ocorreu foi um atraso na licitação para a produção de novas urnas do modelo UE2020 -- fato que já era previsto desde 2019 -- e isso acarretou na redução do número de urnas disponíveis e, consequentemente, no agrupamento de algumas seções eleitorais.
Segundo o TSE, nas Eleições Municipais de 2020 serão utilizadas 473 mil urnas. Um total de 83 mil urnas dos modelos 2006 e 2008 não serão utilizadas, o que acarreta numa redução de 14,9% do parque de urnas disponíveis. Para contornar essa diminuição, aproximadamente 30 mil urnas foram remanejadas no país, incluindo as do Distrito Federal, que não vota para prefeito e vereadores.
O agrupamento de seções eleitorais foi feito seguindo um estudo estatístico que levou em conta o tempo médio de votação de cada zona e quantidade de eleitores por local de votação, entre outros fatores. Segundo o TSE, o agrupamento foi possível porque as eleições são municipais, ou seja: sem votação no exterior ou no DF e com apenas dois cargos em disputa. A Corte reafirma que o agrupamento não levará a filas e aglomerações no dia da votação -- que se busca evitar para conter a disseminação do novo coronavírus.
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