Busque ou filtre as checagens

Um boato reciclado de 2018 voltou a ser assunto nas redes sociais em setembro de 2021. É uma gravação antiga em que um cantor sertanejo afirma que 80% das urnas eletrônicas brasileiras são fraudadas. No vídeo, o artista reproduz boatos que acusam os equipamentos de apresentarem na tela foto de um candidato diferente do escolhido pelo eleitor.

Mas um grande número de compartilhamentos não quer dizer que determinado conteúdo seja verdadeiro. O caso em questão é um exemplo prático disso, pois as urnas eletrônicas passam por procedimentos de verificação constantes e não têm capacidade para alterar o voto digitado pelo eleitor.

Fakes recicladas

As denúncias de supostas manipulações citadas pelo cantor na gravação foram apuradas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), que constatou que houve edição do material.

O fato é que a urna eletrônica foi criada justamente para coibir fraudes eleitorais, objetivo que vem sendo atingido com êxito desde 1996, ano em que o voto eletrônico começou a ser implantado no país.

O dispositivo possui mais de 30 camadas de segurança físicas e digitais e passa por pelo menos dez etapas de auditoria, que acontecem antes, durante e depois das eleições. Tudo é acompanhado de perto por instituições que detêm muita credibilidade no país. Participam das fiscalizações representantes de partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Polícia Federal, entre outros.