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Postagens enganam ao associar vazamento de dados do TSE à urna eletrônica
Invasão ocorrida em 2020 teve acesso apenas a dados administrativos antigos do Tribunal; o sistema de votação não é ligado à internet e não foi invadido
Publicado em 28/07/2021 às 15:30, atualizado em 17/09/2022 às 12:39
Circula pelas redes sociais uma postagem que questiona a integridade das Eleições Municipais de 2020 em face do ataque hacker que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sofreu nas vésperas do pleito daquele ano. O conteúdo da mensagem indaga como é possível que um hacker tenha sido preso por invadir os sistemas do Tribunal, sendo que a própria instituição afirma que seus sistemas são invioláveis.
Trata-se de um raciocínio distorcido que leva ao erro, porque trata de dois sistema distintos, que não se interconectam.
De fato foi detectada uma invasão hacker no sistema administrativo do TSE. Os invasores tiveram acesso a informações antigas sobre servidores do Tribunal, como folhas de ponto e contracheques, uma vez que esse sistema é acessível por meio da rede mundial de computadores.
O sistema que processa e totaliza os votos colhidos pela urna eletrônica, no entanto, não tem nenhum contato com a internet. Além disso, é dotado de dezenas de defesas criptográficas que na prática impossibilitam a interferência de um hacker.
Essas chaves criptográficas, que estão dispostas em diversas camadas ao longo de todo o processo eletrônico de votação e totalização dos votos, na prática fazem com que tentativas de alterar ou manipular dados de votação sejam facilmente identificáveis e acabem travando o sistema.
Acesse as checagens e esclarecimentos abaixo
