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Entrevista com hacker preso é desinformação: urnas não podem ser manipuladas via internet
Aparelho não permite qualquer tipo de conexão em rede
Publicado em 28/07/2021 às 15:55, atualizado em 17/09/2022 às 12:35
Uma entrevista com um hacker preso, que viralizou nas redes em julho de 2021, deixou muita gente cismada com o processo eleitoral do país. Em conversa com um parlamentar, o homem dizia ser possível manipular a votação no momento em que os votos eram contabilizados. Segundo ele, qualquer pessoa que estivesse na rede poderia “fazer a invasão” e modificar os votos digitados pelos eleitores.
Fato ou Boato
Além de sensacionalista, o conteúdo demonstra um enorme desconhecimento de como o sistema eletrônico de votação realmente opera. Em nenhum momento as urnas eletrônicas são conectadas à internet, nem possuem placa que dê acesso a outro tipo de conexão em rede (wi-fi ou bluetooth).
Muito pelo contrário: o dispositivo funciona de maneira isolada e sequer realiza a transmissão dos resultados da votação, que já são conhecidos pela população logo após o término da eleição, com a impressão do Boletim de Urna (BU).
Uma eventual manipulação na etapa de totalização seria facilmente identificada pela comparação entre o BU – que traz o resultado da votação em cada seção eleitoral – com os dados publicados no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Outras afirmações feitas na gravação também estão incorretas. Ao contrário do que é dito no vídeo, não houve vazamento de dados do eleitorado, nem invasão às urnas eletrônicas durante uma conferência realizada em 2017 nos Estados Unidos.
Acesse as checagens e esclarecimentos abaixo
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Urna eletrônica: Votação não pode ser manipulada pela internet
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Vídeo de relator do voto impresso com hacker preso desinforma sobre urna eletrônica
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Hacker prova que urnas eletrônicas podem ser facilmente manipuladas #boato
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