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Vídeo não prova que ministro Luís Roberto Barroso era favorável ao voto impresso em 2017

Gravação descontextualizada e editada insinua que magistrado teria se manifestado favoravelmente ao equipamento com impressora

Publicado em 26/07/2021 às 18:35, atualizado em 17/09/2022 às 13:13

Em 2017, antes mesmo de assumir a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso já manifestava opinião a respeito da segurança da urna eletrônica e do retrocesso que seria a impressão do voto. Um vídeo, sem contexto e editado, circulou nas redes sociais em julho de 2021 insinuando que o atual presidente do TSE era a favor do voto impresso naquele ano. Essa afirmação é falsa.

Barroso sempre destacou que, no Brasil, uma das coisas que dão certo é o processo eletrônico de votação, e já afirmou que “na vida, a gente deve trabalhar para minimizar o risco de problemas, e não para aumentá-los”. Ele também ressaltou, desde aquela época, o sucesso do atual sistema e o bom desempenho das urnas eletrônicas.

Protótipo não foi implementado

O comentário tirado de contexto foi feito durante a apresentação de um novo protótipo da urna eletrônica, em maio de 2017, quando Barroso e outros ministros do TSE manifestaram opiniões sobre o equipamento. Naquela ocasião, o magistrado disse que o voto impresso é um retrocesso, mas salientou que a Justiça Eleitoral deveria se adequar e fazer o processo eleitoral sempre da melhor forma possível. 

O vídeo foi manipulado, uma vez que, na postagem original, feita pelo TSE em maio de 2017, fica claro que o ministro Barroso comentava sobre o novo design da urna eletrônica, que havia sido apresentado naquele ano para se adaptar às exigências da Lei nº 13.165/2015. A norma previa, entre outras coisas, a instalação de uma impressora acoplada à urna eletrônica. O modelo acabou não utilizado, pois, antes das Eleições 2018, o voto impresso foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

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